[3] Nenhuma aventura do espírito deve iniciar-se sem uma investigação, ainda que perfunctória, do que o imortal Kant pensou, ou podia ter pensado, sobre o projecto. Em relação à pornographia, o filósofo de Königsberg foi, como sempre, luminoso: "Acontece aqui, pois, o que se encontra em geral no conflito de uma razão que se atreve a ultrapassar os limites de uma experiência possível; a saber: que o problema não é propriamente
fisiológico, mas
transcendental" (
Crítica da Razão Pura, p. 563 da 2ª ed. (1787), na versão de Hartenstein; itálicos, incisivos, do A.).
Perante tanto acerto, e dada a absoluta convergência das nossas pré-compreensões do objecto, tomaremos humildemente o grande Immanuel como padroeiro deste blog.